segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cachaça

Desenho tirado do site: www.dicasdebebidas.com.br

Cachaça não é doce, mas vem da cana de açúcar. Não é de comer mas pode ser sempre utilizada na confeitaria. Não é sobremesa mas pode nos acompanhar no final das refeições. Versátil e deliciosa, faz parte de nossa cultura desde ................. pelo menos desde que nasci eu sei que existe.

No final; cachaça é cachaça e pronto! Será? Acho que é isso que a maioria fala e pensa sobre essa maravilha nascida e criada em nosso maravilhoso Brasil.

Quando eu era pequeno (ou menor do que eu sou hoje), cachaça era pinga. Coisa que pedreiro (sem ofensa) tomava de manhã no boteco junto com sua caracu com ovo para ter força para subir parede de “broco” na obra.

No inicio da minha carreira profissional (faz tempo), fiz uma trufa com cachaça e ninguém comeu dizendo que era coisa de “pobre”.......... ô ignorância.

Depois de muitos anos a pinga virou cachaça e começou a ser exportada e cobiçada em todo o mundo. Com essa mudança incrível a cultura foi salva.

Falo bastante aqui em amor ao Brasil e nada me deixa mais chateado do que ver que nós só damos valor ao que é nosso depois de perceber que os gringos acham bacana e receber a “chancela” estrangeira de “coisa bacana”.

Recebi um e-mail da minha querida Tia que mora em Campos do Jordão com uma história que é contada no Museu do homem do Nordeste em Recife/ PE e achei uma boa idéia compartilhar com todos.

De qualquer forma, esse post é para mostrar o quanto alguns brasileiros amam a cultura de nossos ancestrais e fazem disso suas vidas.

Se é verdade, folclore, ou também uma outra versão verdadeira dessa história tão grandiosa e bonita eu não sei. Mas que é bacana é.

Divirtam-se e até a próxima.

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo e não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.

Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.

No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'. Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

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